domingo, 19 de agosto de 2012

O Folclore

Foi no final do século XVIII e início do século XIX que pesquisadores começaram a perceber a existência do conhecimento popular. Foram estes vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) que fizeram surgir o termo Folclore.

Folclore é o nome dado para esta ciência que estuda o conhcimento de um povo. Se começarmos a questionar perceberemos que existem vários conhecimentos que não sabemos de onde vem ou quem o fez. O bolo, quem foi que o inventou? O hábito de tomar banho quem o ensinou? Quem inventou a música Samba lelê? Como já dito, são vários os conhecimentos que não se tem respostas. E para prolongar os questionamentos: como foi que aprendemos tais coisas? Aonde estão os registros que nos fizeram conhecer? As pessoas dizem: Não sei! Eu aprendi com minha mãe, com minha vó. Outros comentam que é uma tradição na família, desde os bisavós.

Logo, o folclore são diversos conhecimentos transmitidos de geração em geração. E esses conhecimentos têm que pertencer a alguém. E pertencem! Sim, pertecem ao povo. Todo o conhecimento que fica anônimo, no anonimato pertence ao povo. É um conhecimento que se aprende oralmente, ouvindo, contando, falando dentro de quatro paredes de uma casa, na esquina de uma rua, nas brincadeiras das crianças, nas festas dos santos ou não. O povo tomou posse desse conhecimento de tal forma que todos gostam e todos podem ensiná-lo.

O folclore é todo o conhecimento produzido por um povo e transmitido de geração em geração por imitação ou oralmente. Dele se aprende diversos conhecimentos, desde uma cantiga de ninar, de roda até uma comida típica. Desde uma lenda até uma festa. Tudo isso são formas de manifestações folclóricas, são formas de se fazer folclore: Música e Dança; Festas e Encenações; Linguagem, literatura e tradição oral (lendas e mitos); Culinária; Brinquedos e brincadeiras; Crenças e Superstições e Artesanato.

Mas se o folclore é esse tantão de coisas, como conseguem dizer que isso pertence ao folclore e aquilo não pertence? É uma pergunta muito importante para ser feita e simples: como que eu sei que um pássaro não é um peixe? A resposta é a mesma para o folclore, ou seja, são as suas características que decidem se isso é ou não folclore: a tradicionalidade; a dinamicidade; a funcionalidade e a aceitação coletiva. O primeiro corresponde ao fato de ser passado de geração para geração. Dinamicidade tem haver com as mudanças, adaptções que vão ocorrende de tempos em tempos ou de locais para locais. A funcionalidade é a razão daquilo existir. E a aceitação coletiva é o fato de dum grupo "adotar" aquele conhecimento como algo que os interessa.

E as etnias brasileiras ajudaram muito na constituição do nosso folclore. O índio sempre teve o hábito de se refrescar, ato que o branco não tinha a mesma necessidade. Também, utilizavam de penas de animais para se fantasiar e da pintura corporal. Contribuiu com alimentos como o amendoin, a mandioca e as ervas medicinais.

Já os brancos contribuíram com o hábito da utilização do vestuário. Também, trazendo objetos, instrumentos musicais como o piano, violino, violão e etc. As festas, lendas e muito mais. E os negros, então?! Na comida, a mais conhecida foi a feijoada, contribuição escrava. Também, a luta da capoeira que aqui no Brasil se tornou uma dança com instrumentos tipicamente africanos como o berimbau, afoxê e outros mais.

Bem, percebe-se que o nosso folclore é realmente rico e graças a riquezea de etnias que aqui possúimos. Essa verdade é um fato tão consumado que grandes artistas eruditos ou não retrataram o nosso folclore como Cândido Portinari, D. Janira, Aldemir Martins, Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral e etc.